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Miguel Leiria Pereira nascido em Lisboa em 1971, iniciou os estudos de contrabaixo em 1987 na Escola de Música do Conservatório Nacional com António Ferreira, continuando com João Panta Nunes. No ensino superior, estudou na Academia Nacional Superior de Orquestra (ANSO), com Bernard Madrennes em 1992, na Universidade de Vitoria (Canada) com Gary Karr, no seu curso de verão em 1996, como Bolseiro do Ministério da Cultura nos Estados Unidos, nas universidades West Texas A & M (Texas) e Butler (Indiana) com David Murray, de 1997 a 1999 e na Escola Superior de Musica de Lisboa, com Yuri Axenov em 2000.  

Tendo Gary Karr como inspiração técnica, musical e pedagógica, tem mantido contacto com o mesmo longo dos anos, organizando a sua primeira vinda a Portugal em 2013, na Escola de Música do Conservatório Nacional, assim como enviando alunos a cursos internacionais seus. 

Obteve 1º prémio no festival Carpe Diem (Alcobaça) em 1991, o Prémio Jovens Músicos da RDP em 1994 e o segundo lugar no Butler University Concerto Contest (Indiana) em 1998. 

Colaborou com as orquestras, Metropolitana de Lisboa, Sinfónica Portuguesa, Sinfonieta de Lisboa, Orquestra de Câmara de Cascais e Oeiras, Amarillo Symphony (Texas) e Butler Symphony (Indiana). 

Miguel Leiria Pereira é professor de contrabaixo na Escola de Música do Conservatório Nacional e mantém também uma atividade musical em várias áreas como a música para teatro, na qual é de destacar, a participação a solo tocando a sua própria música em duas peças do Teatro de Pesquisa, A Comuna, encenadas por João Mota, Eduardo II de Marlowe em 1992 e Berlim, de Gonçalo M. Tavares em 2008, também com o grupo Teatro da Terra, tocou na música de José Peixoto para três contrabaixos, em Ermelinda do Rio, de João Monge, encenada e interpretada por Maria João Luís em 2019. Na área da dança contemporânea, participou na música de Nuno Rebelo para a coreografia de Paulo Ribeiro, Silicone Não, com texto de Jacinto Lucas Pires em 2000. Também em música de Nuno Rebelo, tocou na banda sonora do filme Lobos, de José Nascimento, em 2007. Em termos de trabalho de conjunto é de destacar a participação na Festa da Música, no Centro Cultural de Belém (CCB), tocando nos Concertos Brandeburgueses 3 e 5 de J.S.Bach com o Quarteto Ysaye, Renaud Capouçon, Gérard Caussé, Regis Pasquier, Alain Meunier, Henri Demarquette, Philippe Bernold e Belandine Verlet em 2000, assim como nos grupos El Fad de José Peixoto de 2008 a 2011, Nuova Camerata, com Pedro Carneiro (Marimba), Carlos Zíngaro (Violino), João Camões (Viola) e Ulrich Mitzlaff (violoncelo) em 2016, entre outros projectos ao longo dos anos. Devido ao seu interesse pela música da China tem vido a juntar o contrabaixo com o guzheng, em eventos do Instituto Confúcio da Universidade de Lisboa e Centro Científico e Cultural de Macau.